O Flamengo foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético-MG, mas apresentou futebol que poderia ter levado o time às quartas de final da competição. Apesar da derrota nos pênaltis na Arena MRV, o Fla teve elementos positivos no tempo regulamentar, com energia diferente da apresentada nos jogos recentes e perspectiva de melhores desempenhos na sequência.
A escalação foi uma surpresa. Wallace Yan foi titular e se revezou com Pedro no centro do ataque. Pelo lado esquerdo, Everton Cebolinha foi o escolhido para começar jogando. As duas opções mudaram a vibração do Flamengo, que fez um primeiro tempo acima da média em relação aos últimos jogos. Plata jogou pela direita.
Plata teve boa atuação em Atlético-MG x Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/CRF
No papel, a mensagem de Filipe Luís, com Arrascaeta e Samuel Lino no banco, parecia ser a de que a Copa do Brasil realmente foi colocada em último plano. O treinador já não podia contar com Luiz Araújo e Bruno Henrique, vetados pelo departamento médico por causa de desgaste físico e consequente risco de lesão. Mas, no campo, a estratégia funcionou, e a escalação não foi a responsável pela eliminação do Flamengo.
Pelo menos não as escolhas do jogo de volta. As opções do jogo de ida, com um meio-campo reserva e Luiz Araújo pouco produtivo fora da sua posição, custaram a classificação ao Flamengo.
Em BH, a movimentação do quarteto ofensivo desconcertou o Atlético. As perseguições individuais do time de Cuca não neutralizaram o Flamengo em Belo Horizonte da mesma forma que aconteceu no Rio de Janeiro. Os cariocas sobraram fisicamente num primeiro momento.
O jovem Wallace Yan deu mais mobilidade ao ataque. Pedro e ele se revezaram nos momentos dentro e fora da área. Wallace também caía pelo lado direito e dava espaço para Plata cortar para dentro. Foi em uma dessas que o equatoriano conduziu a bola pelo centro do campo e deu lindo passe para Cebolinha, que fez o papel do centroavante, infiltrou na área, driblou Natanael e chutou para abrir o placar para o Flamengo, aos 20 minutos do primeiro tempo.
A primeira parte do jogo foi do Flamengo. Além do controle e da pressão de costume, impôs dificuldade ao Atlético, que não conseguiu sair jogando e se complicou em muitos momentos, como no lance em que Everson escorregou, e Cebolinha quase aproveitou. O time de Filipe teve posse de bola e conseguiu ser agudo, indo além dos chutes de fora da área, que também levaram perigo.
O Flamengo chegou à área do Atlético com duas boas chances depois de ter aberto o placar: aos 43, Jorginho chutou, e Everson espalmou para escanteio. Já nos acréscimos, a bola sobrou para Pedro, que, sozinho de frente para o gol, chutou por cima. Perdeu a chance de matar o jogo, que estava muito confortável para o Rubro-Negro. O Atlético só conseguiu finalizar de fora da área e não obrigou Rossi a nenhuma defesa no primeiro tempo.
Wallace Yan jogou bem, mas perdeu pênalti que culminou na eliminação do Flamengo — Foto: Divulgação: Gilvan de Souza/Flamengo
O controle rubro-negro não se manteve no segundo tempo. Com as alterações e nova postura, o Atlético equilibrou a posse de bola e passou a ser mais perigoso. Rossi fez seis defesas, a principal em chute de Arana, e viu Scarpa acertar seu travessão.
Do outro lado, o Flamengo não conseguiu levar muitos sustos ao gol de Everson, mas teve outra chance clara para ampliar. Aos 36 minutos, Samuel Lino chutou, a bola desviou, e Wallace Yan, livre na segunda trave, cabeceou para fora - o jovem foi pego de surpresa com o desvio.
Além de Samuel Lino, Filipe Luís ainda promoveu as entradas de Saúl e Arrascaeta. O Flamengo tentou retomar o controlar, povoando o meio-campo e tentando ficar mais com a bola. Conseguiu acalmar o ímpeto do Atlético a partir dos 30 minutos. Foi um segundo tempo bem disputado, e o banco diferenciado do Rubro-Negro manteve o resultado que daria chance ao time de classificar na disputa de pênaltis.
Foi onde entrou o que foi talvez o único erro de decisão de Filipe Luís na partida. Três dos jogadores mais experientes do Flamengo - Arrascaeta, Jorginho e Saúl - cobraram os primeiros pênaltis e converteram. Rossi defendeu a terceira cobrança do Atlético e abriu caminho para os colegas confirmarem a classificação. Samuel Lino perdeu o quarto.
O peso da classificação ficou nas costas do jovem Wallace Yan, de 20 anos, em sua primeira decisão no profissional, que cobrou o último pênalti do Flamengo para fora. O Galo converteu seus outros dois e venceu a disputa por 4 a 3.
O Flamengo agora terá mais datas para focar na preparação e evolução do time, tempo tão cobrado por Filipe Luís. Questionado pelos desempenhos ruins nos últimos jogos, o técnico terá que dar a resposta no Brasileirão e na Libertadores. Mas sai menos pressionado de Belo Horizonte. Apesar da queda precoce, o comandante encontrou soluções para o time voltar a render.
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