Juninho, atacante de 28 anos, está perto de ser o primeiro reforço do Flamengo para a temporada 2025. Nesta quarta-feira (8), o Rubro-Negro apresentou uma proposta oficial ao Qarabag, do Azerbaijão, para viabilizar a contratação. A chegada do jogador é um pedido de Filipe Luís, que teve papel decisivo na escolha de Juninho por recusar uma oferta do Sevilla, da Espanha.
No Brasil, Juninho é pouco conhecido, já que construiu boa parte de sua carreira em times menores como GE Brasil (Brasil de Pelotas), Grêmio Novorizontino, Figueirense e Vila Nova. Formado no Athletico-PR, ele ganhou maior destaque no futebol europeu, com passagens pelo Estoril, Chaves e Qarabag.
Júlio Romão, volante brasileiro que atua ao lado de Juninho no Qarabag, elogiou o atacante em entrevista ao GE. Segundo ele, Juninho possui características que fazem falta no futebol brasileiro, destacando-se por seu estilo de jogo.
"O Juninho é um centroavante diferente de muitos que a gente tem hoje no futebol brasileiro. Geralmente tem aquele fazedor de gols, outro que é mais móvel e sai um pouco da área, mas dificilmente tem aquele muito rápido, e o Juninho é assim."
"O motivo de ele ter feito tantos gols aqui com a gente é a velocidade. Movimentos de velocidade, a forma que ele passa dos marcadores é incrível, dificilmente centroavante faz."
"Não à toa surgiu o interesse do Flamengo e do Sevilla, grandes clubes, que aos nossos olhos era quase impossível que olhassem para um jogador do Qarabag. Tenho certeza de que ele vai mostrar o porquê de terem vindo atrás dele, é um grande jogador."
"Do nada pode resolver um jogo, como foi quando a gente precisou de uma jogada individual ou um lance diferente. Acho que vai fazer muitos gols aproveitando da velocidade, no Brasil estão em falta jogadores como ele", afirmou Romão.
Embora a liga do Azerbaijão não esteja entre as mais relevantes do cenário europeu, há questionamentos sobre como Juninho lidará com a diferença de nível técnico ao atuar no Brasil. Romão, no entanto, defende que o campeonato azerbaijano exige muito fisicamente e se caracteriza por partidas intensas e de espaços reduzidos, fatores que podem preparar o jogador para novos desafios.
"A liga é difícil, porque os adversários nos enfrentam de forma diferente. Na Liga Europa, ou os times são do mesmo nível ou um pouco acima, então é diferente, a gente tem espaço para jogar."
"Aqui os times vêm mais recuados e fica mais difícil para a gente, tem jogos muito complicados, as equipes já nos conhecem. A liga é complicada, jogos de contato, pouco espaço", disse o brasileiro em entrevista ao GE.