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Flamengo feminino no Maracanã? Dirigente ainda não prevê jogo no estádio e justifica

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O regulamento do Brasileiro feminino sofre uma alteração desde 2023 quando as quartas de final têm in[icio. Os estádios precisam ter capacidade para no mínimo 10 mil pessoas. Um dos objetivos da CBF é buscar estruturas melhores para o uso do VAR, obrigatório a partir dessa fase desde 2020. Em razão disso, o Flamengo precisará mandar seu jogo diante do Palmeiras fora da cidade do Rio de Janeiro. O local escolhido e dentro dos padrões exigidos é o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Gerente de futebol feminino do clube rubro-negro, André Rocha respondeu sobre o local escolhido para a próxima fase e também por que não colocar algum jogo decisivo da equipe no Maracanã.

- A questão toda de Maracanã, a gente precisa entender, são as demandas do futebol feminino. Fiz uma reunião na CBF com o Júlio (Avelar) e mostrei para ele todos os números. E é claro que o futebol feminino, até o regulamento, precisa ser alterado. O futebol feminino, a gente não tem uma demanda de público para 10 mil lugares. Então, esse é o motivo, primeiro, para gente estar indo para Volta Redonda. Porque no Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, estádios com laudo para 10 mil pessoas, tirando São Januário, Engenhão, Maracanã, a gente só tem lá. Então, esse é o motivo da gente estar jogando lá e ainda deixando o jogo dentro do estado do Rio de Janeiro. Porque as outras opções já eram fora do estado do Rio de Janeiro, ir para Minas, Espírito Santo, Cariacica, Brasília. Então a gente teria que sair do estado. A gente tentou manter o jogo dentro do estado do Rio de Janeiro, mas é uma deficiência de estádios do Rio de Janeiro. A gente sabe que falta laudo em alguns estádios que até teriam capacidade, mas não têm laudo. E entender a demanda de público, porque o público no futebol feminino, ele é sazonal. Ele não é um público recorrente. Ele é sazonal nos grandes jogos e nas grandes decisões. Então a gente sabe que a gente precisa criar identidade com o público, fixar no local. Isso tudo você vai gerando fidelidade do público. Mas para isso a gente precisa de alguns ajustes e esses ajustes têm a questão de regulamento. Jogar na Gávea, como foi feito agora o jogo do Bayern contra o sub-20 masculino, que todo mundo acompanhou a estrutura pela TV, a estrutura ficou magnífica. A gente não conseguiu fazer no feminino, também com questões de regulamento não permitia arquibancada móvel. Então o regulamento da CBF também não permite. A gente também já pensou nessa possibilidade de utilizar a mesma estrutura para trazer o jogo para dentro de casa, mas também por questões de regulamento a gente ficou preso e a gente fez essa transferência - afirmou o dirigente.

Flamengo Internacional Brasileiro Feminino — Foto: Staff Images/CBF

André ainda comentou sobre os custos de operação a cada jogo. Na visão do dirigente, o clube precisa percorrer um processo para assegurar a presença de um grande público.

- A questão do Maracanã vem em cima de tudo que a gente vem trabalhando. Você vai ter um público, se você abre um jogo para o Maracanã e você não atinge a perspectiva de público, você pode fechar a porta do Maracanã o resto da vida. Então a gente tem que entender o momento para se fazer um jogo no Maracanã, porque esse jogo precisa ser perfeito, porque tudo que a maioria das pessoas que a gente sabe que é contra o futebol feminino querem é trabalhar em cima do seu erro, da sua avaliação. Então se você der uma oportunidade de fazer um evento no Maracanã e esse evento não atingir o que você espera, para você repetir esse evento as pessoas vão gerar muito mais dificuldade. Então a gente precisa ter muita calma e muita tranquilidade. A gente fala em levar um jogo no Maracanã e além das questões de custos, a gente entra na questão também da CBF, que é a despesa de custos de operação de jogo, uma operação de jogo no Maracanã é um valor bem maior do que o que a CBF repassa aos clubes, porque o futebol feminino já é deficitário também na maioria dos clubes do país, então a gente não pode aumentar a conta negativa. Nós sempre trabalhamos para o negativo virar positivo. Então se a gente leva também o jogo para o Maracanã com o apoio que a gente tem hoje da organizadora do campeonato para fazer o jogo, também a gente acaba aumentando o negativo e é um ponto atrás também para o nosso esporte - declarou.

A CBF comentou sobre a capacidade de 10 mil espectadores a partir das quartas de final e colocou que o objetivo da medida a partir da segunda fase da competição "é fortalecer a estrutura da competição e consolidar um crescimento técnico e institucional. Trata-se de uma medida estratégica adotada para garantir que as fases decisivas do torneio ocorram em estádios com condições adequadas de recepção de público, imprensa e transmissão". Segundo ela, a definição desse parâmetro leva em consideração a valorização do espetáculo, a qualidade de transmissão e mídia, a padronização e isonomia e o impulso à profissionalização dos clubes com o objetivo de que os times usem arenas principais, projetando o futebol feminino em praças esportivas de maior visibilidade.

Sobre as cotas dadas aos times para a realização dos jogos, a entidade afirmou que entende seu papel no desenvolvimento da modalidade e elencou o suporte dados às competições femininas.

- A CBF entende sua responsabilidade no impulsionamento e desenvolvimento do futebol feminino brasileiro e segue contando com o apoio e o envolvimento das Federações Estaduais, bem como dos clubes filiados. Além da premiação e da organização técnica, a CBF arca integralmente com os custos logísticos das equipes participantes, incluindo transporte e hospedagem, em todas as competições femininas: Supercopa Feminina, Copa do Brasil Feminina, Brasileiro Feminino A1, A2 e A3, além dos Brasileiros Feminino Sub-20 e Sub-17. Esse suporte é essencial para garantir a competitividade e a equidade entre os clubes, especialmente os de menor estrutura, evidenciando o esforço da entidade em democratizar o acesso ao futebol feminino de alto rendimento.

Ainda sobre locais de jogos, o Flamengo tem o projeto do miniestádio no Ninho do Urubu e pretende usar no futuro. No Estadual, a equipe tem usado a Gávea em alguns confrontos.

- O Estadual a gente já joga na Gávea. O Estadual a gente consegue manter os jogos na Gávea com o público. É porque a exigência de regulamento mesmo é um pouco diferente. A CBF flexibilizou, diminuiu esse ano e a gente está com um projeto já bem adiantado de fazer o miniestádio no Ninho. É bem próximo de onde a gente está aqui. A gente vai fazer esse mini estádio, esse mini estádio serviria para a gente jogar também. Então ali seriam todos os nossos jogos, no mini estádio. Hoje também a gente tem um dificultador porque a gente não faz mais jogos também na Gávea por causa da transmissão. Na Gávea também a gente não tem os refletores, a maior parte dos nossos jogos são transmitidos e a gente acaba tendo que sair para a Ilha (estádio Luso Brasileiro). E mesmo a gente fixando como ponto na Ilha a gente não tem uma fidelidade de torcedores. Por isso que a questão de fidelidade de torcedores é uma questão de anos. Não adianta, não vai ter uma campanha milagrosa. Potencial tem. A maior torcida do Brasil - afirmou André Rocha.

Flamengo e Palmeiras começam a decidir quem avança às semifinais do Brasileiro feminino no domingo, às 10h30, com transmissão de TV Globo e Sportv. No jogo de volta, as equipes se enfrentam na Arena Barueri, dia 17 de agosto, também às 10h30.

Fonte: Globo Esporte

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