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Uma estreia que ele esperou 33 anos para acontecer. O brasileiro, naturalizado italiano, começou a carreira na Itália e viveu grandes momentos na Inglaterra. Jorginho conquistou a Liga dos Campeões, a Eurocopa e foi eleito o melhor jogador da Europa na temporada 2020/2021.

Ele foi contratado pelo Flamengo em junho e precisou de pouco tempo para se mostrar adaptado ao trabalho de Filipe Luís. Foi um dos melhores jogadores do time na Copa do Mundo, participando dos quatro jogos. Contra o Bayern, marcou, de pênalti, seu primeiro gol pelo clube. Além disso, deu duas assistências. As atuações abriram caminho para a titularidade no meio rubro-negro. Veja abaixo algumas curiosidades sobre o jogador ítalo-brasileiro:

Jorginho nasceu em Imbituba, Santa Catarina. A mãe dele, Maria Tereza, foi sua primeira treinadora. Eles costumavam praticar na praia e em casa. O volante do Flamengo já disse em algumas entrevistas que a mãe o cobrava muito nas atividades: "Eu batia na bola e minha mãe dizia: 'Não, controle-a assim'. Era dura quando eu cometia erros".

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Aos 13 anos, Jorginho deixou os treinos com a mãe para treinar em uma escolinha que tinha parceria com o Brusque. O clube catarinense tinha convênio com empresários italianos e, aos 15, o brasileiro foi levado para o Hellas Verona-ITA. Viveu em um convento, dormia em um quarto coletivo com outros garotos e recebia uma "mesada" simbólica do clube.

Teve momentos em que pensou em desistir e voltar — não falava italiano, sentia saudade da mãe e chegou a ficar sem dinheiro para comprar produtos básicos. Um amigo brasileiro o ajudou a segurar a barra e a abrir os olhos sobre seu contrato de trabalho.

— A certa altura, pensei em desistir. Liguei para a minha mãe em lágrimas e disse que queria ir para casa. Ela me disse: "Nem pensar! Está muito perto. Não te deixo entrar em casa. Precisa aguentar" — contou Jorginho, ao site do Chelsea.

E ele realmente estava muito perto. Em 2010, Jorginho foi emprestado ao Sambonifacese, um time da Série C2, espécie de terceira divisão. Ali fez sua primeira temporada como profissional. Voltou ao Verona no ano seguinte e, em 2014, foi para o Napoli, clube em que progrediu com os técnicos Rafa Benítez e Maurizio Sarri.

Sarri dizia que o time "respirava" pelo toque curto de Jorginho — era o cara que dava mais de 100 passes por jogo, muitos de primeira. Em 2018, ele o levou ao Chelsea por 57 milhões de euros.

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Jorginho se naturalizou pela ascendência italiana do tataravô paterno e foi estrear na seleção da Itália quase 10 anos depois de se mudar para a Europa. Seu período de afirmação na Azzurra começou de fato no início de 2018 e teve o auge na Eurocopa de 2020.

Em 2021, Jorginho viveu o auge: foi campeão da Champions League pelo Chelsea e da Eurocopa pela Itália — a edição de 2020 foi realizada no ano seguinte por causa da pandemia de Covid.

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Na premiação de melhor jogador da Europa na temporada 2020/2021, Jorginho superou na votação, feita por um júri especial da Uefa, o belga Kevin De Bruyne, então Manchester City, e o volante francês Kanté, seu companheiro no Chelsea na época.

O volante ficou conhecido pelo jeito único de bater pênaltis: ele costuma dar um pulo com "paradinha" antes de escolher o canto. Jorginho acumula 52 cobranças na carreira (considerando o tempo regulamentar das partidas): converteu 44 e errou oito. Seu primeiro e único gol até aqui pelo Flamengo foi de pênalti, na derrota para o Bayern, na Copa de Clubes.

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