Uma contratação que faz até vascaíno torcer para o rival Flamengo. Claro que o motivo é especial: o próprio filho como a principal contratação da janela rubro-negra. Jorge Frello, pai de Jorginho, meio-campo do Rubro-Negro e, contratado já para a disputa da Copa do Mundo de Clubes, é torcedor do Vasco, mas pelo filho, veste a camisa do Fla.
Jorge Frello, pai de Jorginho, com a camisa do Flamengo para acompanhar o jogo contra o Chelsea — Foto: Ronaldo Fontana/ge
Pai de Jorginho com a camisa do filho — Foto: Ronaldo Fontana/ge
Na chegada à sede do Vila Nova Atlético Clube, em Imbituba, clube onde Jorginho começou, seu Jorge apareceu com a camisa do filho no novo clube horas antes de Flamengo x Chelsea na tarde desta sexta-feira. Prontamente foi possível ouvir as brincadeiras dos demais flamenguistas, que chegavam para acompanhar o jogo, falando com o vascaíno com as cores rivais: “Agora sim!”, “Agora ficou bonito” ou um “Até parece”.
— Eu nasci Flamengo, mas me tornei vascaíno. Agora o pessoal pega no meu pé, né. Ouvi bastante corneta. Mas não tem jeito. A gente torce para o filho — disse.
Sede do Vila Nova Atlético Clube, em Imbituba — Foto: Ronaldo Fontana/ge
— Eu vou torcer pelo Flamengo até ele sair de lá (…) É um sentimento estranho, né. Mas pelo meu filho, fico na torcida, não tem como — completou Jorge.
Jorginho começou a jogar nos gramados do Vila Nova , time do seu bairro em Imbituba, no Sul de Santa Catarina. Na adolescência, foi para o Hellas Verona, da Itália, passou para o Napoli até chegar no Chelsea, adversário na Copa do Mundo de Clubes. Contra o seu ex-time, a torcida do pai aumenta ainda mais.
Jorginho quando jogava pelo Vila Nova de Imbituba e a mãe Maria Tereza — Foto: Arquivo pessoal
— Quero que ele represente muito bem, ainda mais porque é contra o Chelsea — falou o pai.
A partida acompanhada na sede do primeiro clube de Jorginho foi organizada pela torcida FlaZimba, nome da junção do apelido da cidade com o clube, e que leva também uma baleia no símbolo — Imbituba é a capital nacional da baleia franca.
Torcida FlaZimba, de Imbituba — Foto: Ronaldo Fontana/ge