O Flamengo sobrou na goleada diante do Corinthians, no Maracanã, e garantiu a liderança do Campeonato Brasileiro mais uma vez. O grande desafio da equipe neste início de temporada, porém, é a manutenção da regularidade e da consistência. Campeão da Supercopa e do Carioca, o time tem o diagnóstico para sonhar com mais taças em 2025: brigar por eficiência defensiva e ofensiva.
Nas últimas seis partidas, foram duas goleadas em jogos dominantes contra Juventude e Corinthians. Ainda houve uma vitória sobre o Grêmio, mas também empates com Vasco e LDU (este na altitude de Quito) e o pior resultado em uma derrota para o Central Córdoba em pleno Maracanã. Apesar da consistência na fase defensiva, a falta de eficiência ofensiva mesmo em partidas de maior controle do Flamengo preocupou os rubro-negros, que até vaiaram a equipe na Libertadores.
— A consistência maior é ser eficiente defensiva e ofensivamente. Contra o Vasco fizemos uma grande partida, infelizmente não saíram os gols e acaba ficando uma desconfiança vinda de fora que de a partida não foi tão boa. Mas talvez tenha sido tão boa quanto a de hoje. A eficácia de fazer o gol não foi tão boa. Contra o Central em alguns momentos no primeiro tempo tivemos um bom jogo, defensivamente não fomos sólidos o suficiente, sofremos dois gols e isso acaba condicionando o jogo para um lado que não queremos. De parte é uma consistência, mas acredito que mais de eficiência ofensiva e defensiva — avaliou o zagueiro Léo Ortiz após a goleada no domingo.
A análise interna é de que o time está jogando bem, mas precisa se acertar principalmente no ataque. Os jogadores entendem que precisam ser mais frios e criar mecanismos novos para marcar, especialmente quando saem atrás no placar. Por isso, buscam informações com o técnico Filipe Luís para, juntos, debaterem alternativas. O retorno de Pedro pode e deve ajudar neste sentido.
— Tem dias que eles vão fazer gols, tem dias que vão chutar 20 e, infelizmente, não vai entrar. Isso acontece porque o adversário também joga. Entramos com os melhores 11 da América em campo, mas o adversário também joga, sabe anular — analisou Filipe Luís.
Memphis em Flamengo x Corinthians — Foto: André Durão
Como manda o treinador, todo trabalho ofensivo e defensivo passa pelo time inteiro. Entrar em campo ligado nos dois setores também faz parte das determinações. Desde as finais do Carioca, os gols cedo contra Fluminense, Grêmio, Juventude e Corinthians, marcados por Wesley, Arrascaeta, Erick Pulgar e Everton Cebolinha, respectivamente, ajudaram o Flamengo a ter jogos mais tranquilos.
— Essa nossa solidez defensiva é trabalho de todos. Quando temos o melhor ataque é por causa da defesa e vice-versa. Vimos que estava encaixando o que estudamos e preparamos para o jogo e as dinâmicas estavam entrando. O Filipe sempre fala que, quando as coisas estão acontecendo, você tem de forçar aquilo até que o outro time se adapte e mude. E aí faz uma contrarresposta para isso. Ficamos batendo na mesma tecla, explorando essas criações que tivemos e fomos felizes. Nas outras partidas pecamos um pouco nisso. Acaba ficando um jogo aberto, os nervos à flor da pele, fica mais difícil de ter calma na frente do gol. Fomos eficazes e facilitou na vitória — comentou Ortiz.
O Flamengo tem a melhor defesa do Brasileirão, com apenas dois gols sofridos. Dos 24 jogos na temporada, a defesa saiu sem ser vazada de 16 deles. Mesmo com a contratação de Danilo, Léo Pereira e Léo Ortiz deram pouca brecha e intensificam a disputa por vagas no setor.
O técnico Filipe Luís fez alguns treinamentos ensaiando uma equipe com três zagueiros, mas ainda não parece ser um caminho que ele vá seguir agora. O importante é os defensores não ficarem confortáveis demais na titularidade para acirrar a briga interna.
— Trabalhamos sempre nos preparando para cada partida, o Filipe trabalha todos da mesma forma. Acredito que eu e Léo não nos sentimos confortáveis, assim como é quando joga eu e Danilo, Léo e Danilo. Ninguém se sente confortável, estão todos sempre preparados e prontos para fazerem o melhor. Isso vem sendo mostrado dentro de campo. Independente da dupla que joga, é sempre alto nível. Temos três titulares na zaga, três caras que estão preparados independentemente da dupla que for. Com certeza isso se estende ao João Victor, ao Cleiton também. São da base, mas se precisarem entrar dão conta do recado — concluiu Ortiz.
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